Julgar o outro é condenar a si mesmo

Creio que um dos maiores desafios da nossa espécie é o não julgamento. Dizem que não é possível não julgar. Posso falar por mim.

Há 21 anos atrás eu não tinha a mínima Consciência que existia um julgador em mim, a minha mente analisava, enquadrava e julgava como um processo muito natural, afinal, eu sentia uma necessidade de me posicionar, de deixar explícito os meus valores e claro, eu me colocava como alguém que jamais teria aquele comportamento (implícito ao julgamento está a sensação de que somos melhores, superiores, perfeitos e um exemplo a ser seguido). Faz parte do jogo do Ego.

Daí comecei a minha Jornada interna e aos poucos fui conhecendo as minhas sombras: meu lado manipulador, julgador, a vítima, o arrogante... Minhas sombras sociais, familiares, coletivas... Não foi um processo fácil reConhecer esses Eus que habita em mim, sobretudo porque, muitas vezes, o meu Ego me cegava e me fazia acreditar que só o outro mentia, só o outro manipulava, só o outro traia, só o outro enganava.

Foi (é) um processo...

Etapas a serem cumpridas: reConhecer minhas sombras, me reconciliar com elas e reintegrá-las.

Mas nessa Jornada, passo a passo fui tendo mais Consciência sobre as ilusões que eu nutria sobre mim e sobre o jogo de espelhos que eram as minhas projeções.

Ainda me pego julgando, infinitamente menos que antes, mas hoje, tem um Eu Observador que me avisa quando me coloco nesse patamar de juiz e um Eu Compassivo que me ajuda a descer desse patamar e a enxergar que ainda tenho muito a aprender.

Minha luta é comigo mesma, para que eu continue trilhando o Caminho da verdade, com humildade.

ReConhecer, curar e integrar minhas sombras é um processo pra toda essa existência.

Quanto mais reConheço minhas sombras, mais me sinto completa em minha imperfeição.

Mais tenho a possibilidade de Expandir a minha luz.

Mais Sou Amor, generosidade e compaixão.

Mais me sinto livre.